Liberdade e Estado

Carta aos Petistas

Parafraseando o ex-presidente Lula na sua “Carta ao povo brasileiro” de 2002, o Brasil quer mudar. Mudar para crescer, incluir, pacificar. Mudar para transformar a nossa economia estatizante dos últimos 24 anos.

O Estado Brasileiro atualmente esta maior que a própria nação e por isso se achar no direito de decidir o que deve ou não ser feito. Isto, é: como devemos educar nossos filhos, quais devem ser as nossa orientações sexuais, o que devemos comer, como devemos pensar.

Durante os governos FHC, Lula, Dilma-Temer, o Estado utilizando do discurso da inclusão fez o prior crime contra uma nação: destruir os valores do individuo em favor de uma tal coletividade. Situação na qual vem sendo retirado de cada brasileiro o direto de pensar, agir e ser diferente. A ditadura cultural do politicamente correto quase acabou com uma geração ao tentar retirar a vontade de questionar e de ser disruptivo.

No campo econômico, este aumento exagerado, fez com que o custeio da máquina pública sufocasse por meio dos impostos a capacidade de investimento do nosso setor produtivo. Tal situação é conhecida com “Custo Brasil”. E tudo isto tendo como discurso vazio a distribuição de riquezas e o fim da desigualdade social.

Mas o sentimento demonstrado em quase todo território nacional e que o atual modelo esgotou-se. Por isso, o país não pode insistir nesse caminho, sob pena de ficar numa estagnação crônica ou até mesmo de sofrer, mais cedo ou mais tarde, um colapso econômico, social e moral (novamente aqui parafraseando o ex-presidente Lula)

Neste momento, caro companheiro petista, o Brasil precisa de você. Concordamos que o deputado Jair Bolsonaro não será a solução, mas com ele vem a oportunidade de mudança que o Brasil tanto precisa.

Acredito que o ex-prefeito Fernando Haddad possui algumas das qualidades necessárias para liderar a nação. Entretanto a sua eleição como presidente da república significaria a manutenção do atual modelo falido. Neste ponto concordo com o senador eleito Cid Gomes, o PT precisa fazer uma auto avaliação para repensar cada vez mais o quão importante é para o indivíduo a sua liberdade.

Isto ficou evidente devido a crescente adesão à candidatura de Jair Bolsonaro que assume cada vez mais o caráter de um movimento em defesa da nação, dos direitos e anseios fundamentais a liberdade individuais. Foi mais um movimento contra o atual modelo (PT/PSDB) do que um voto de apoio ao candidato do PSL.

Trata-se de uma vasta coalizão, em muitos aspectos suprapartidária, que busca abrir novos horizontes para o país. O povo brasileiro quer mudar para valer. Recusa qualquer forma de continuísmo, seja ele assumido ou mascarado (parafraseando o ex-presidente Lula).

O país quer voltar a trilhar o caminho dos valores de nação, família e indivíduo. E para isso têm plena consciência de que a superação do atual modelo, reclamada enfaticamente pela sociedade, não se fará num passe de mágica, de um dia par ao outro. Não há milagres na vida de um povo e de um país. Será necessária uma lúcida e criteriosa transição entre o que temos hoje e aquilo que a sociedade reivindica. O que se desfez ou se deixou de fazer em vinte e quatro anos não será compensado em quatro.

Portanto a redução do Estado passa a ser é o único remédio para impedir que se perpetue um círculo vicioso entre metas de inflação baixas, juro alto, oscilação cambial brusca e aumento da dívida pública.

Amigo petista, sou cético como você em relação a capacidade do próximo governo Jair Bolsonaro em mudar o modelo. Mas diferente de você acredito que só iremos conseguir se iniciarmos o processo de mudança.

Hoje o antagonismo das eleições demonstrou ser entre os progressistas versus os conservadores. Que já gerou no primeiro uma mudança impactante em relação ao grau de intervenção do Estado na vida dos cidadãos. Creio que em 2022 o antagonismo será entre os estadistas/coletivistas versus os libertários.

Você deve estar se perguntando: qual o motivo desta carta? É que eu quero pedir aos amigos que após as eleições do dia 28.out.18, vocês possam refletir sobre os elementos que foram criados por vocês mesmo que resultaram na aniquilação do atual modelo e no surgimento do fenômeno Bolsonaro. E aqui percebemos outro acerto na fala do senador eleitor Cid Gomes: que a arrogância do PT criou o sentimento anti-petista que por sua vez transformou o deputado Jair Bolsonaro de politico do baixo clero para o novo Sassá Mutema (salvador da pátria).